quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chrome 5 é mais rápido e fácil de personalizar

Em nova versão, navegador do Google consegue ser ainda mais ligeiro, e pode ficar com a “cara” do usuário


Sem bugs aparentes e com um design atraente, o Google Chrome 5 se esforça para combinar o melhor de todos os outros navegadores existentes. Assim como o Mozilla Firefox, o novo Chrome permite a personalização tanto de seus recursos quanto de sua aparência. Talvez seja o primeiro navegador para Mac que pode competir com a força do Safari.
Muito veloz
O teste foi feito em um MacBook de 2 GHz, com 2 GB de RAM, comparando o Chrome 5 com os concorrentes Safari 5, Firefox 3.6.3 e Opera 10.53.
O novo navegador é o que melhor adota (na medida do possível) os mais recentes padrões da web.  Apesar de usar o mesmo engine HTML que o Safari (o WebKit), ele não suporta de forma confiável os controversos e proprietários truques de animação e transformação em CSS3 implementados pela Apple no Safari. Entretanto, assim como os outros navegadores testados, conseguiu pontuação máxima no teste de compatibilidade com os Seletores CSS3 e, junto com o Opera e o Safari, atingiu indiscutíveis 100 pontos no Acid3, teste que verifica a compatibilidade com vários padrões da web. O Chrome 5 também suporta tanto o codec H.264 da Apple quanto a tecnologia open source Ogg Theora para vídeo em HTML5, e tocou de forma perfeita os vídeos de teste neste padrão publicados por sites como o YouTube e BrightCove.
Nos testes de XHTML e CSS, o Chrome foi surpreendentemente mais lento que o Safari, apesar de utilizar o mesmo engine. No entanto, o páreo foi duro: o Safari renderizou uma página XHTML de teste armazenada localmente em 0.58 segundos, enquanto o Chrome fez o mesmo em 0.78 segundos. Em uma página CSS 3 armazenada localmente o Safari levou 33 milésimos de segundo contra 51 milésimos de segundo para o navegador do Google. Ainda assim, o Chrome renderizou uma página XHTML duas vezes mais rápido que o Opera (1.67 segundos) e deixou o Firefox comendo poeira (12.42 segundos). No CSS, também derrotou o Opera (193 milésimos) e novamente o Firefox (342 milésimos).
Mas quando o papo é JavaScript, o Chrome 5 e seu interpretador V8 brilham mais.  No SunSpider, um teste de desempenho de Javascript, ele atingiu a marca de 448.6 milissegundos, ultrapassando por muito pouco os 485.8 milésimos do Opera e deixando o Firefox bem para trás com 1,161.4 milissegundos. Todavia, o primeiro lugar no SunSpider continuou com o Safari, que marcou 376.3 milissegundos no processo.
A atenção do Chrome 5 sobre o JavaScript faz sentido: a tecnologia é a base para a maioria das ferramentas baseadas em Web nas quais o Google aposta como alternativa para o software convencional. É de muito interesse da empresa oferecer um navegador que lide com esse recursos mais rapidamente.
Uma experiência agradável
Na utilização geral, navegar no Chrome 5 foi uma experiência muito agradável. O programa abre e carrega as páginas com desempenho muito próximo ao do Safari. A interface gráfica com abas suavemente animadas quando abertas ou fechadas também chama a atenção, assim como a facilidade de reordenar as abas arrastando-as com o mouse.
Em alguns dias de uso intenso em vários tipos de sites, o Chrome carregou as páginas rapidamente e não caiu nenhuma vez. Isto é mérito do muito alardeado recurso de “sandboxing”, no qual cada aba do browser roda em um processo separado. Se algum erro faz a aba travar, as outras podem continuar funcionando sem derrubar o resto do navegador.
O Chrome 5 oferece os recursos usuais de privacidade e segurança encontrados nos navegadores mais modernos, todos muito bem implementados. Entretanto, faltam alguns recursos adicionais como a opção “Esquecer esse Site” presente no gerenciador de histórico do Firefox. Em contrapartida, o Chrome fica próximo do Mozilla com a coleção de temas para customizar o navegador e uma ampla lista de extensões criadas por usuários.
A melhor e mas útil ferramenta do novo navegador é a Omnibox. Ao digitar um endereço ou termo, a barra de endereços também exibe resultados de buscas nos favoritos e no histórico – e também serve como campo de pesquisa do Google. É uma ideia bastante simples e funciona de modo intuitivo. Também adorei o “Auditor de Página” escondido entre as ferramentas para desenvolvedores, que permite que o Chrome analise uma página da web e liste diversas maneiras de otimizar o código da mesma.
Dito isso, restam ainda alguns pontos em que a praticidade do Chrome perde para o Safari. Na barra de Favoritos, a opção “Abrir tudo em abas” não está diretamente disponível para uma pasta de sites. É necessário clicar  com o botão direito e selecionar essa opção no menu, algo contra-intuitivo. Ao editar os favoritos não é possível selecionar vários endereços para arrastar para uma nova pasta, e é preciso clicar com o botão direito na opção “editar” para mudar a URL de um site favorito. E, pelo fato de cada aba ter seu próprio processo o título da página que está sendo visualizada é geralmente reduzido e ilegível dentro do espaço da aba.
Aqueles que utilizam ferramentas de acesso universal do sistema operacional Mac OS X devem evitar o CHrome por enquanto. Um usuário notou que o navegador desabilita funções de acessibilidade disponíveis no Webkit. Um engenheiro do Chrome informou que o Google está trabalhando para restaurar as funções nas versões futuras.
Opinião da Macworld
Muito mais rápido que o Firefox e muito mais customizável que o Safari, o Chrome 5 é um ótimo meio termo entre os dois. É um novo concorrente entre os browsers de Mac e um alerta para a Apple, Mozilla e Opera repensarem suas estratégias.
Fonte: http://macworldbrasil.uol.com.br/reviews/2010/07/14/chrome-5-e-mais-rapido-e-facil-de-personalizar/

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